- 8 de maio de 2019
- Publicado por: Diário Oficial - E
- Categoria: Diário Oficial da União e do Estado
O mercado jurídico se encontra cada vez mais competitivo e, para aumentar a competitividade e autoridade com o intuito de se destacar entre os concorrentes, contar com um marketing jurídico eficaz é essencial.
Contudo, a advocacia é um ramo no qual existem muitas limitações impostas pelo Estatuto do Advogado, Código de Ética da OAB e Provimento 94/2000 quanto a essa prática. Por isso, é preciso estar atento no momento de utilizar os recursos disponíveis para oferecer os serviços e conquistar clientes.
Pensando nisso, elaboramos este texto para mostrar os principais cuidados que devem ser tomados no momento de montar a sua estratégia de marketing jurídico. Confira!
Delimite uma área de atuação para o marketing jurídico
É importante que você tenha foco e estratégia. Então, defina seu ramo de atuação e exponha sua especialidade em seus canais. Caso a atuação do escritório possua uma limitação geográfica, informe aos clientes a região que deseja atender. Assim, fica mais fácil saber como atraí-los e compreender suas necessidades.
Tenha cuidado com as ferramentas utilizadas
Devido a todas as limitações ao profissional do Direito em relação ao marketing jurídico, muitos advogados possuem um certo receio em usar as ferramentas disponíveis para a divulgação do seu trabalho. Contudo, existem várias opções que são permitidas para essa finalidade. Conheça algumas delas:
- newsletters;
- website e materiais institucionais;
- redes sociais;
- assessoria de imprensa;
- publicações jurídicas, entre outros.
Não divulgue os valores dos serviços
É proibido a divulgação dos preços e honorários dos serviços. Esse tipo de informação deve ser dado pessoalmente, na hora da consulta. Isso ocorre porque essa prática poderia banalizar a profissão e criar um leilão de preços entre os profissionais. Em vez de investir nos preços e formas de pagamento, busque preservar a credibilidade para cuidar dos casos com eficiência, seriedade e conhecimento.
Não ofereça consultas grátis pela internet
O site é uma ferramenta muito eficiente para a estratégia de marketing digital, porém, existem algumas limitações quanto ao seu uso. Por exemplo, oferecer consultas gratuitas é uma ação que está total desrespeito aos padrões éticos da OAB e, por esse motivo, não pode ser realizada.
Já oferecimento de conteúdo gratuito para responder às dúvidas mais comuns e incentivar o público a entrar em contato para ter mais informações é permitido.
Exclua a prática de captação de clientela
Nenhuma ação pode ser tomada com a intenção de captar a clientela. No entanto, é totalmente possível o advogado ter um blog e publicar conteúdos relacionados a questões jurídicas, desde que o intuito seja conquistar o cliente, e não captar.
A diferença entre conquista e captação é que no primeiro o profissional mostra o seu valor, para que quando a pessoa precisar, o procure. Já no segundo, o advogado tem uma abordagem com o objetivo de persuadir o cliente da necessidade de contratar seus serviços, e isso é proibido.
Apesar de todas as restrições, existe um campo amplo de medidas que podem ser tomadas, como:
- propagandas em jornais e revistas especializadas, desde que sejam inseridas somente informações sobre o profissional e escritório;
- uso de logotipos;
- divulgação na imprensa de qualificações profissionais ou títulos, prêmios conquistados, desde que os dados sejam informados apenas como uma notícia.
O marketing jurídico do advogado deve ter caráter informativo e, por isso, zelar pela sobriedade e discrição. Então, tenha cuidado com os detalhes apontados em nosso conteúdo e evite ficar fora dos parâmetros estabelecidos pela legislação.
O que você acha da utilização do marketing jurídico para aumentar o número de clientes? Deixe seu comentário aqui e divida com a gente sua opinião e experiência sobre tema!