Quais os principais erros cometidos por escritórios de advocacia?

Todos os escritórios de advocacia estão sujeitos a cometer enganos. No entanto, alguns erros são cometidos com maior frequência pelos gestores das bancas menores. Esses erros, por sua vez, podem e devem ser evitados.

Então, continue lendo o post para analisar se alguns desses erros cometidos por pequenos escritórios de advocacia também ocorrem no seu e o que fazer para corrigi-los. Boa leitura!

Principais erros cometidos por pequenos escritórios de advocacia

Esquecer-se da gestão financeira

O escritório de advocacia deve ser pensado como um negócio, assim como qualquer outro. Por isso, a gestão deve ir além de controle de prazos processuais e de recebimento de honorários — é fundamental que haja gestão das finanças para que ele seja capaz de gerar lucro e prosperar no mercado. Isso, no entanto, nem sempre é feito pelos sócios do escritório.

Para saber se o objetivo está sendo atingido, é preciso fazer um planejamento financeiro, ter controle do fluxo de caixa, das despesas fixas e variáveis e das receitas, assim como do pagamento de honorários para a cobrança de eventuais atrasos, além de estabelecer metas de curto, médio e longo prazo.

Atenção: os advogados nunca podem misturar suas finanças pessoais com as do escritório. Nesse sentido, o ideal é um dos sócios se responsabilizar por essa gestão e, para isso, estudar e entender aspectos básicos de contabilidade e de finanças, sempre que não for possível contratar alguém com conhecimento nessa área. Outra medida que pode ser adotada para ajudar nesse ponto é a aquisição de software jurídico que também permita o controle financeiro.

Não definir um ramo de especialização

Ainda que no início de carreira o advogado precise aceitar causas de áreas variadas do Direito, é fundamental se especializar e voltar o escritório para uma área específica, ou conjunto de áreas que tenham semelhança entre si. Isso porque o escritório sem área definida dificilmente terá proeminência e se destacará no mercado, pois jamais poderá ser referência em uma matéria.

É fundamental que os advogados definam suas áreas de especialização, preferencialmente áreas que tenham relação entre si, ou um nicho do mercado para o qual vão se voltar. Assim, visando atender a pequenas empresas, a banca pode ter advogados especialistas em áreas como trabalhista, empresarial e consumidor, ou, se ela pretende se voltar para pessoas físicas, pode oferecer especialistas em trabalhista e previdenciário.

Essa escolha, por sua vez, deve estar em consonância com os ramos nos quais os advogados tenham mais habilidade e em que tenham mais chances de conquistar clientes potenciais.

Não se preocupar com o relacionamento com os clientes

A figura do advogado arrogante e pretensioso pode ter feito sucesso no passado, mas não é mais admitida nesse meio. Tratar o cliente com cordialidade e educação é o mínimo que se espera desse profissional. No entanto, o relacionamento com o cliente deve ir além disso.

Essa postura é necessária e recomendada a fim de garantir que ele se mantenha como cliente do escritório e, ainda, que ele sempre indique seu serviço quando um conhecido precisar de advogado.

Para tanto, é importante responder às dúvidas com atenção, checar os e-mails e retornar as ligações com rapidez e comparecer às reuniões marcadas no horário. Além disso, indica-se a implantação de pesquisas de satisfação para entender o que o cliente espera do seu escritório e que ainda não é oferecido.

Esse bom relacionamento não deve ser preservado apenas com os clientes atuais, mas também com os antigos, cujos processos já foram arquivados. Afinal, nunca se sabe quando ele poderá precisar de um advogado novamente. Por isso, é interessante entrar em contato eventualmente ou mesmo mandar um cartão de Natal ou em alguma outra data. Networking é fundamental para qualquer escritório de advocacia.

Não apostar em marketing jurídico

As possibilidades de publicidade na área jurídica são restritas. No entanto, diante dessa restrição, alguns advogados optam por não investir em marketing, o que é um dos grandes erros cometidos por pequenos escritórios de advocacia, por dois motivos: a publicidade não é absolutamente vedada e, em épocas de mercado competitivo, é preciso buscar meios de se destacar.

Nesse sentido, a primeira medida a ser tomada é fazer um site para o escritório para que, assim, possa ser visto em sites de procura pelos potenciais clientes. Se o seu escritório não tem uma página na internet, há uma grande chance de as pessoas sequer saberem que ele existe. Além disso, é interessante criar uma newsletter do escritório ou um blog com publicação regular de posts jurídicos cujos assuntos sejam voltados para o público-alvo.

Além da oportunidade de ser visto e conhecido por clientes em potencial, o marketing jurídico oferece a oportunidade de reforçar a imagem dos advogados e do escritório como referência na área de atuação. Por isso, é fundamental ter em mente que o escritório é um negócio e, como todo negócio, representa uma marca. Investir no marketing dessa marca, além de agregar valor ao trabalho, é primordial para atrair mais clientes.

Não investir em tecnologia

Como ressaltado no tópico anterior, qualquer escritório, por menor que seja, precisa ter presença na web. No entanto, o uso de ferramentas tecnológicas não pode parar por aí. Para se manter no mercado e ter a oportunidade de crescer, é preciso aderir às novas tecnologias, automatizar procedimentos jurídicos, administrativos e financeiros, além de se valer dessas ferramentas para manter contato com os clientes.

Nesse contexto, o uso de software jurídico, além de proporcionar controle de prazos e de tarefas, organizar contatos e catalogar as informações processuais, transmite a imagem de um ambiente bem gerido e voltado para o futuro.

Alguns softwares jurídicos ainda oferecem ferramentas para a gestão financeira do escritório, garantindo meios para se fazer um bom controle das finanças. Isso sem falar de outras ferramentas tecnológicas, como o Skype para reuniões de negócios.

Todos esses erros cometidos por pequenos escritórios de advocacia podem ser evitados. Para isso, é preciso fazer uma análise crítica e objetiva e se propor a saná-los o quanto antes. Assim, seu escritório terá oportunidade de crescer e prosperar no mercado.

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