- 23 de outubro de 2021
- Publicado por: Diário Oficial Viabilizando suas publicações
- Categoria: Mercado de Trabalho
A crise financeira mundial de 2020 pegou todos de surpresa. Apesar de a pandemia do novo coronavírus avançar pelo mundo no início daquele ano, a maioria das pessoas ainda enxergava esse problema como algo distante. Porém, em pouquíssimo tempo, a COVID-19 se espalhou e criou um dos maiores caos sanitários que já foram testemunhados.
Entretanto, os impactos não ficaram somente no âmbito da saúde pública. Quase todos os países tiveram as suas economias severamente afetadas. Por essa razão, neste artigo, mostraremos um panorama dessa crise e quais são as previsões para os próximos anos. Continue a leitura!
Como acontecem as crises econômicas mundiais?
Crises econômicas são processos que acontecem com certa frequência no mundo. Antes desta que estamos vivendo, causada pela pandemia do novo coronavírus, como dito, tivemos a de 2008-2009, com o evento que ficou conhecido como “crise do subprime”, que se iniciou no mercado imobiliário dos Estados Unidos e se espalhou pelo mundo.
Esses processos ocorrem por motivos muito bem definidos. No ano de 2020, por exemplo, o principal motivador foi a disseminação de uma doença, que forçou o fechamento de estabelecimentos, gerando redução na produção de riquezas e, consequentemente, uma crise que afetou todo o mundo.
Quais eram as expectativas antes da crise econômica de 2020?
Antes da crise financeira mundial de 2020, o Brasil estava passando por um processo de crescimento e de destrave da economia. A B3, Bolsa de Valores brasileira, vinha registrando recordes históricos em seu principal indicador, o IBOVESPA.
Algumas empresas, como Petrobras, Banco do Brasil, Vale e outras grandes organizações, estavam com as suas ações em preços históricos, em patamares nunca antes vistos na história. Em termos de empregos, o Brasil encerrou o ano de 2019 com um saldo positivo com mais de 600.000 vagas de emprego criadas, sendo um aumento de 21,63% se comparado ao ano de 2018.
No geral, o país registrava elevações na sua atividade econômica no mês de fevereiro de 2020, pouco antes de o vírus estourar por aqui. Apesar disso, o Brasil ainda tinha uma economia muito frágil. Inevitavelmente, esse fato gerou consequências que mencionaremos no próximo tópico.
Quais são os números mais recentes na economia brasileira?
Os números da economia brasileira, de fato, são um pouco desanimadores. No entanto, é importante ressaltar que, em alguns pontos, nós conseguimos resultados melhores que os previstos. Um exemplo disso é a variação do Produto Interno Bruto. Existiram especialistas que apostaram em uma queda de 10,5% no PIB, o que ficou muito longe de acontecer.
A Bolsa de Valores, depois de ter registrado uma baixa inédita no preço das ações, retornou a patamares próximos àqueles do período antes da pandemia. Durante o mês de março, a queda foi tão expressiva que o pregão chegou a ser interrompido várias vezes para tentar “acalmar os ânimos” dos investidores.
Os empregos também estão retornando aos poucos. O CAGED, um demonstrativo enviado pelas empresas mensalmente, registrou um aumento interessante no número de novas oportunidades. Cerca de 400 mil novos postos foram criados no mês de fevereiro de 2021, o que pode demonstrar um sinal de respiro da nossa economia.
Alguns especialistas, no entanto, são um pouco mais conservadores quanto a essa análise. Afinal, essas vagas podem ter surgido graças à necessidade de muitas empresas de recontratação dos milhões de trabalhadores que tiveram os seus contratos de trabalho rescindidos em 2020. Logo, esse não seria um sinal tão claro de recuperação da economia.
Em tempos de crise, todos os dados precisam ser analisados com muito cuidado. Afinal, alguns deles requerem interpretação e, principalmente, apuração quanto à sua veracidade, quanto à base de verificação e quanto a outras informações importantes. O ideal é sempre observar dados de portais oficiais ou sites confiáveis.
Quais são as expectativas para os anos posteriores?
Em termos globais, existe uma estimativa do Fundo Monetário Internacional de que a desaceleração das economias mundiais pode ser maior que a de outras crises, como a de 1929 ou a de 2008-2009.
Nesse sentido, a diretora gerente do FMI solicitou que países com uma economia mais avançada intensifiquem os esforços para auxiliar o desenvolvimento de nações que são mais fragilizadas e que, consequentemente, podem sofrer ainda mais com a crise financeira mundial de 2020.
Apesar desse fato, é importante ter em mente que muitas coisas mudarão a partir do momento em que toda a população for vacinada e pudermos voltar à vida normal. Uma das mudanças será na metodologia de trabalho. É provável que o home office continue sendo uma realidade em muitos negócios, por exemplo.
Existem algumas empresas que adotaram esse tipo de trabalho e que continuarão nessa modalidade mesmo após encerradas todas as exigências sanitárias, o que já está acontecendo em alguns lugares do mundo.
Em termos econômicos, temos dados não muito animadores, mas que representam uma retomada da atividade econômica. A previsão é de que o nosso PIB ainda cresça cerca de 3% no ano de 2021, recuperando parte do grande tombo sofrido em 2020. Por outro lado, é importante ressaltar o papel da vacinação nesse aspecto.
À medida que esse processo avançar, diversos setores da economia retornarão às suas atividades. Além disso, alguns podem se destacar nessa retomada e gerar mais impacto positivo sobre a recuperação. Entre as áreas de atuação que podem alcançar melhores resultados, estão Medicina e Saúde, E-commerce, Indústria Automotiva, Construção Civil, Lojas de Departamento etc.
O setor industrial, um dos mais importantes da nossa economia, registrou um aumento de 8,7% no faturamento do mês de janeiro em comparação com o ano anterior, quando ainda não existia pandemia no Brasil. Muito desse aumento se deve ao crescimento do número de horas extras feitas por colaboradores.
Isso mostra que alguns segmentos importantes, como a indústria, podem ser um dos grandes responsáveis pela recuperação do nosso país. O reflexo desse crescimento pode ter resultados positivos, como a geração de mais empregos diretos e indiretos, o que contribuirá para a nossa recuperação econômica.
Por fim, podemos concluir que, apesar de a crise financeira mundial de 2020 ainda gerar reflexos na nossa economia, precisamos ter esperança e força para superar o momento e voltar mais fortes desse grande problema que impactou todo o mundo.
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