- 5 de julho de 2021
- Publicado por: Diário Oficial - E
- Categoria: Mercado de Trabalho
Ninguém imaginaria passar por uma pandemia como a que ocorre. Realmente, a Covid-19 pegou a população mundial de surpresa. Quando ela apareceu na China, não se pensava que poderia se alastrar por todos os continentes. Ao se instalar nos países, o coronavírus modificou a vida de todas as pessoas, desde os encontros sociais ao trabalho, inclusive no exercício da advocacia.
Assim, possibilidades se fecharam para alguns e outras surgiram para outros em diferentes setores econômicos, pois perante essa eventualidade, não havia preparo da grande maioria da massa. No entanto, como a advocacia foi impactada diante desse acontecimento? A resposta a essa pergunta você saberá ao ler o artigo a seguir. Podemos começar?
Confira os primeiros impactos do isolamento social no exercício da advocacia
A princípio, o exercício da advocacia teve sua rotina modificada desde a captação de clientes ao julgamento dos processos. Tudo passou a ser feito pela Internet, assim, alguns profissionais mais velhos tiveram dificuldades por não estarem habilitados com o ambiente virtual.
Além disso, nesse novo contexto, tiveram que reduzir gastos com escritório, pessoal e, ainda, investir em tecnologia para não paralisar o Poder Judiciário. Afinal, para evitar o contágio da Covid-19, houve a necessidade da virtualização dos processos judiciais, digitalização deles, despachos online com magistrados e adesão ao home office.
Veja como muitos escritórios fizeram para contornar a situação
A quarentena não trouxe apenas desafios, na realidade, ela impôs a mudança de paradigma para o judiciário e os advogados. Consequentemente, provocou novos cenários e métodos para conseguir desempenhar o trabalho.
Uma das opções já citadas foi home office, devido à interrupção das atividades, o que acabou prejudicando as finanças dos escritórios. Entretanto, para minimizar as situações, os profissionais de direito tiveram que agregar mais uma função, a de administrador, visando equilibrar as contas e a carteira de clientes.
Com a pandemia, surgiu inúmeras demandas de processos das áreas civil, trabalhista, tributária e empresarial. Essas estão relacionadas a revisão de valores, inadimplência, solicitação de carência, cancelamentos, desocupações, demissões, entre outros. Nesse sentido, para defender os consumidores, os advogados precisaram encontrar o caminho da resolução de conflitos sem exceder a judicialização.
Tão importante quanto essas ações foram a consolidação da tecnologia para promover agilidade e os trâmites nos processos durante o isolamento social. Só para ilustrar, são usadas plataformas de videoconferência em julgamentos virtuais, audiências e sessões durante o trabalho remoto. Na verdade, agregaram-se ferramentas digitais para facilitar as atividades.
Descubra quais são as áreas de atuação que ficaram em alta com a Covid-19
Apesar da crise do coronavírus e da reinvenção do exercício da advocacia, o direito constitucional tem sido bastante procurado para garantir a saúde, a informação e a dignidade das pessoas. Logo, é essencial garantir os direitos da população.
Outra área requisitada é a do direito do consumidor. Já que clientes procuram os profissionais devido à compra de ingressos para um evento que foi cancelado, como também de viagens programadas e outras aquisições feitas nesta quarentena.
Dessa maneira, é preciso assegurar o ressarcimento ou um bom acordo para que eles não saiam no prejuízo. Além disso, deve-se estar atento a propagandas que escondam encargos ou manipulem benefícios e práticas abusivas de estabelecimentos que aproveitam para cobrar preços excessivos.
Em virtude da quarentena, diversas empresas não puderam trabalhar, o que gerou muitas demissões. Consequentemente, o direito trabalhista teve mais demanda para que a legislação seja executada, inclusive seguindo novas leis.
Mais uma área que teve aumento foi a do direito tributário. Esse setor deixou os empresários preocupados com o pagamento dos impostos e com a dificuldade de fazer caixa para honrar com os compromissos assumidos. Enquanto umas áreas têm sido muito procuradas, há outras nem tanto solicitadas. Ou mesmo, menos exploradas pelos profissionais, como o direito ambiental, de propriedade intelectual, eleitoral, digital e até a docência.
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Saiba como ajudar o escritório a faturar durante o período
Todas essas mudanças não se encerram aqui, é preciso se adaptar às novidades e a logística do negócio com trabalho remoto, protocolos de segurança e demandas próprias. Diante de uma economia que abre e fecha suas atividades periodicamente e países passando por recessão, como o Brasil, falar em reserva de caixa pode parecer um sonho.
Por mais que seja o desejo dos advogados, sua realidade é volátil. Pois, os honorários são contratuais, variando mensalmente. No entanto, as despesas são previsíveis, mas eles nem sempre conseguem manter uma margem segura. Em virtude disso, se deve ter ações como as apresentadas abaixo.
Reduzir custos
Primeiramente, é indicado estabilizar qualquer possibilidade de prejuízo, porém, antes, avalie com calma para não agir de maneira errada. Desse modo, selecione cada custo para saber o que pode ou não ser reduzido e talvez cortado.
Por exemplo, pacote de Internet, serviços de assinatura, papelaria, renegocie o aluguel do escritório e outras situações com fornecedores. Quanto aos funcionários, que são relevantes para o trabalho da advocacia, é necessário conscientizá-los para diminuírem os gastos. Também, atuarem mais proativamente perante os desafios enfrentados, mesmo em home office.
Ter criatividade
Em dias de pandemia, a criatividade é palavra-chave para equilibrar as finanças e a depressão comportamental econômica. Assim, procure informações também fora do setor jurídico, para inovar nas teses que serão usadas para seus clientes. Aliás, use as mídias sociais com conteúdos relevantes para se orientar.
Trabalhar os clientes existentes
Conseguir novos negócios neste período não é algo fácil, por isso, os advogados têm valorizado os clientes e procurado fidelizá-los. Com esse propósito, promove-se um diálogo e uma consulta mais profunda para tirar as dúvidas deles, principalmente relacionadas ao momento da pandemia, para evitar o caos. Essa atenção gera oportunidade de confiança e lealdade, que no futuro surtirá lucros.
Investir em marketing digital
Neste momento inusitado, dúvidas é o que não faltam às pessoas, sejam elas sobre os decretos emitidos pelas esferas governamentais, benefícios do governo, recomendações e muitos outros. A maioria deseja saber quais são os direitos e os deveres.
Já que a Internet é a grande fonte de informação, a população passa muito tempo do seu dia em redes sociais e no Google. Assim, explore essas mídias explicando assuntos de interesses delas, por meio de vídeos, blogpost, e-book, podcast etc. Isso alavancará a sua credibilidade e, por conseguinte, mais pessoas procurarão pelos seus serviços. Também, anuncie nesses locais as áreas que os clientes mais buscam.
Enfim, o exercício da advocacia não pode ficar estagnado e, muito menos, desatualizado perante a pandemia. Ela terá um fim, mas a inovação e a competitividade serão constantes. Por isso, faça investimentos em tecnologia, trabalhe seu marketing digital e use ferramentas de gestão no escritório. Além disso, otimize o tempo com videoconferência e o que mais puder inovar para ofertar qualidade aos seus clientes.
Se considerou este artigo relevante, aproveite e compartilhe em suas redes sociais, para que mais advogados sejam impactados positivamente.