- 24 de novembro de 2022
- Publicado por: Diário Oficial Viabilizando suas publicações
- Categoria: Dicas para contadores, Mercado de Trabalho
A contabilidade de uma empresa é algo complexo. Muitas vezes, há exigências legais que devem ser seguidas, como é o caso da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), que é obrigatória para sociedades limitadas e anônimas, inclusive com divulgação no Diário Oficial por parte das empresas de capital aberto.
Diante disso, entender melhor o que é, qual é o papel e a importância da DRE é indispensável mesmo para aquelas empresas que não se encaixam na obrigatoriedade.
Assim, confira as informações a seguir e veja as principais questões que envolvem a DRE.
Qual é o papel da DRE na contabilidade?
A DRE é um documento que tem o papel de demonstrar as operações de uma empresa levando em consideração um período delimitado ou um período menor, revelando os prejuízos e os lucros.
Empresas com ações na bolsa de valores precisam realizar e divulgar a DRE a cada 6 meses ou em cada período fiscal.
Dentro disso, é nessa demonstração que o contador inclui todas as transações financeiras feitas no negócio dentro do período, como:
- Receita bruta do que foi comercializado em serviços e produtos;
- Rendimentos;
- Deduções;
- Encargos;
- Despesas.
Por meio dessa reunião de dados financeiros, torna-se possível fazer uma análise detalhada, como se fosse um raio-x das finanças da empresa no período computado. Com isso, a gestão consegue verificar o desempenho do negócio, identificar todos os pontos que merecem atenção e alerta e embasar as futuras decisões.
Além disso, a DRE tem o papel de demonstrar a situação contábil para os órgãos fiscalizadores do governo e para eventuais investidores.
Como fazer uma DRE?
Esse tipo de documento deve ser elaborado por um contador, e não há uma única forma de fazê-lo. No entanto, diversos dados devem ser inseridos para que a DRE seja completa e esteja de acordo com a lei.
Para tanto, a Lei n.º 6.404/76 estabelece os dados que devem constar na demonstração, sendo os principais:
- Receita bruta dos serviços e vendas, com dedução das vendas, impostos e abatimentos;
- Receita líquida dos serviços e vendas com o custo dos serviços, das mercadorias e com o lucro bruto obtido;
- Despesas em relação às vendas e finanças, com dedução das despesas de administração e gerais, das receitas e outros tipos de despesas de operação;
- Prejuízo ou lucro de operação, bem como outras despesas e receitas;
- Resultado do exercício antes do IR, bem como a provisão acerca do imposto;
- Resultado líquido em relação ao exercício e o montante separado por ação do capital social;
- Participações de administradores, debêntures, partes beneficiadas e empregados, bem como de instituições ou fundo de previdência para os funcionários ou fundo de assistência, desde que não sejam caracterizados como despesa.
DRE x Balanço Patrimonial
Pode haver uma certa confusão entre o conceito de DRE e de balanço patrimonial, que também é um documento contábil muito importante. Porém, é preciso fazer essa diferenciação, pois enquanto o balanço faz uma avaliação dos passivos e ativos considerando toda a existência da empresa, a DRE considera somente um período.
Além disso, a demonstração tem um foco mais direcionado a valores como de despesas e de vendas, enquanto o balanço patrimonial deve considerar também os bens e as despesas futuras.
Com isso, não são documentos sinônimos, mas sim complementos um para o outro, pois a análise conjunta consegue proporcionar uma visão bastante ampla e minuciosa da saúde financeira da empresa.
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